Fruto de uma pesquisa maior sobre o artista Joseph Beuys, esse trabalho consiste em um ensaio fotográfico inspirado no vídeo Filz.TV (1970), no qual o artista confronta uma televisão de madeira e tela de feltro. Aqui, a autora aparece representando a reencarnação de Beuys, confrontando uma vitrola de madeira e Long Play (LP) de feltro. O objetivo é, através da fotografia, executar uma releitura da referida obra construindo uma narrativa sequencial que chama a atenção do espectador para a obra fonográfica de Beuys.
A composição é formada por nove fotografias circulares impressas em MDF que, juntas, compõem uma narrativa e contam uma nova versão do video-arte Filz.TV, executado por Beuys em 1970. O ensaio partiu da premissa fictícia de que, em 2016, o espírito de Beuys, evocado na perfomance do artista paulista Guilherme Peters realizada em 2009 e só agora encarnado, apossou-se da autora desse trabalho, reuniu os títulos que conseguiu da sua própria obra fonográfica, montou um cenário na rua e começou a confrontá-la. Eram características do autor a defesa da popularização do ensino - inclusive levando o aprendizado para as ruas -, a utilização do feltro em suas obras e sua vestimenta era marcada pelo uso frequente de chapéu, colete e calça social.
O ensaio também gerou um artigo acadêmico publicado nos anais do 16º Encontro Internacional de Arte e Tecnologia e ficou em exposição no Museu Nacional da República (Brasília/DF) em setembro de 2017.
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